Durante as manifestações
ocorridas no ano passado, tive, por um momento, a sensação de que as coisas
poderiam tomar outro rumo no Brasil. Foi só uma sensação...
Hoje, está claro que nada mudou.
O governo continuou na inércia e assim continuará por anos. Lembro-me de que na
época dos protestos, a presidente Dilma disse em rede nacional que uma reforma
na legislação brasileira seria feita em breve, e até hoje estamos no aguardo. Os
parlamentares continuam fazendo mais do mesmo, ou seja, nada além de garantirem
sua permanência em Brasília.
Na área econômica vamos de mal a
pior. Há impostos para importar e exportar mercadorias e produtos. Como se não
bastasse, o Brasil se fechou para o mundo, a exemplo de nossos vizinhos
Argentina e Venezuela, que estão à beira de um abismo. Pior que isso é ver a
presidenta discursando na Europa, exaltando nossa economia, como se tivesse
algo a ser vangloriado, e como se eles – os europeus - não soubessem de nossa
realidade.
A educação é uma causa perdida em
nosso país. Não há possibilidade de mudar este cenário, nem agora e nem depois.
Os cidadãos estão sendo ‘’analfabetizados’’. Alunos do ensino médio da rede
pública sequer sabem ler e escrever, e os que sabem, não têm capacidade de
entender textos simples – isso não me causa espanto, já que hoje a reprovação
por baixo desempenho não é permitida nas escolas.
As universidades particulares tornaram-se
máquinas de fazer dinheiro e a educação passou a ser algo secundário neste
meio. Sem contar que, dos quatro ou cinco anos de graduação, metade é voltada para
suprir as deficiências herdadas do ensino médio. Apenas como exemplo, cito um
amigo que veio de El Salvador para o Brasil para fazer um curso de extensão e
ficou indignado com a quantidade de matérias básicas sendo abordadas em um
curso de pós-graduação. Isto me fez refletir e perceber o quanto estamos
atrasados, já que El Salvador – de forma alguma quero menosprezá-lo - não é
nenhum país modelo no que se refere ao ensino, e ainda assim ficamos para trás
neste quesito.
Minha indignação não é exatamente
contra o PT ou qualquer outro partido de esquerda, ou ainda contra os políticos
que desconhecem o princípio básico de seu trabalho, que é servir à
coletividade, tampouco contra os particulares que se beneficiam desta política suja.
Os responsáveis por esta situação são os próprios brasileiros, pois não se
preocupam com nada além de carnaval e futebol. Não que eu seja contra, na
verdade eu até gosto, mas isso não é a razão da minha existência e nem de longe
é prioridade em minha vida.
Portanto, nossos políticos são apenas
o reflexo de nossa sociedade.
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